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Um orçamento para a troika

Aprovado pela maioria PSD / CDS-PP, o orçamento de estado para 2015, não passa, contrariamente ao que diz este governo, por ser um orçamento deste governo mas sim mais um orçamento para agradar à Troika. O guião deste orçamento, foi feito no mesmo papel timbrado pela Troika que impôs as linhas mestras de todos os orçamentos deste governo, austeridade, cortes no estado social e direitos do povo português e ataque à constituição da república. Nada de novo portanto. O aumento da pobreza é uma aposta contínua neste orçamento, a redução nos sectores pilares do estado social como a educação, apoios sociais, imposição de um tecto nos apoios sociais, e saúde, demonstra que em nada mudou depois da tão famigerada "saída" da Troika. O corte de salários, o aumento de impostos, congelamento de carreiras, progressões e pensões sociais, vem desdizer, preto no branco, o inicio da moderação fiscal apregoada pelo vice-primeiro ministro, demonstrando que este é um que continua a castigar os mesmos, os mais pobres sem atacar os mais ricos que continuam a aumentar nesta crise. Este não é o momento de viragem, como diz Passos Coelho, é sim a continuação de uma politica de ataque declarado a quem trabalha, vive ou viveu trabalho como são os reformados e pensionistas. Para colocar a cereja em cima do bolo, Passos Coelho veio anunciar que se for governo em 2016, tudo fará para reduzir os salários dos funcionários públicos com a reposição gradual do que lhes foi roubado por este governo, num claro ataque às decisões do Tribunal Constitucional e à Constituição. Este é o ponto crucial desta politica deste governo e da direita, a redução se possível a cinzas da constituição e dos direitos fundamentais nela existentes. É claro este ataque à lei fundamental do país, é nela que se mantêm a defesa de sectores vitais para a manutenção de um estado democrático e as principais referências às conquistas da Revolução de Abril, e isso é algo de qual a direita e os setores neoliberais que dominam este governo não perdoam. Enquanto existir defesa possível na constituição ao estado social a direita não irá descansar para os tirar ou subverter, este governo tem que sair para bem da nossa democracia e dos valores de Abril expressos na nossa Constituição. Termino com as palavras de Pedro Filipe Soares, líder do Grupo Parlamentar do BE no debate do deste orçamento na Assembleia da República," De facto, é um governo que tem de ser parado. As suas políticas não são de viragem. São de aprofundamento da crise e dos custos de vida do que é essencial às famílias. Falar em viragem em saída da crise é um embuste.”